Em busca do Painho-de-monteiro é
o título do documentário de Pedro Carvalho, que estreia em Santa Cruz da
Graciosa, no Centro Cultural, no dia 7 de Junho, pelas 21:30, logo após a
estreia no passado dia 29 de Maio, em Sesimbra, no âmbito do Finisterra –
Arrábida Film & Art Festival, no qual foi premiado com 2.º prémio na categoria
de Natureza e Vida Selvagem.
Pedro Carvalho, visitante assíduo
dos Açores nas suas viagens à ilha Graciosa acompanha os observadores de aves
que procuram o Painho-de-monteiro nesta ilha conta a história do investigador
Luís Monteiro que nos anos de 1990 a identificou como espécie endémica dos Açores.
Luís Monteiro, investigador do Departamento de Oceanografia e Pescas (DOP) da Universidade
dos Açores, que faleceu a 11 de Dezembro de 1999, não chegou a ver o reconhecimento
da ave a que ficou associada ao seu nome.
Gaspar Frutuoso relata a
existência de muitos painhos no arquipélago, no séc. XVI. No entanto, foram
intensamente capturados para extracção de óleo. Na época da baleação eram
observados a alimentarem-se dos desperdícios da actividade e a que chamavam de
Melro-da-baleia. Apesar de serem observados também nas Flores e Corvo, os
estudos do DOP apenas indicam nidificação de espécies nos ilhéus da ilha
Graciosa. É no ilhéu da Praia, onde foram colocados ninhos artificiais pelo
DOP, que se considera haver maior colónia de painhos-de-monteiro do mundo, com
cerca de 100 pares.
Associado
à estreia do documentário na ilha graciosa, a ART promove uma acção de sensibilização
enquadrada na Semana da ciência da Escola Básica e Secundária da Graciosa, no dia
5 de Junho, Dia Mundial do Ambiente, realizada pelo Observatório Marinho dos
Açores. A acção é intitulada por “Mais Ovos no Oceano”.