Gente séria cumpre o que assinou!
A 17 de Maio de 2011, o Governo da
responsabilidade do PS assinou um Acordo para o Resgate de Portugal, que,
recorde-se, não conseguia obter financiamento para a sua economia.
Por essa altura, o Governo dos Açores dizia que o
Acordo era bom para os Açores e que o Governo dos Açores tinha contribuído
activamente nas negociações com a Troika!
Depois vieram as eleições Nacionais e o PSD com o
CDS assumiram a responsabilidade de cumprir e fazer cumprir o acordo
assinado.
Os prazos e o acordo são do conhecimento de todos,
por isso muito me surpreende que venham agora alguns dizer que se devia fazer
isto ou aquilo, rompendo com o que eles próprios assinaram.
Vem isto a propósito das, recentemente, aprovadas
medidas relativas a apoios sociais e alterações do Rendimento Mínimo impondo
maior fiscalização e poupança aos contribuintes.
Diz o acordo que o Governo Socialista celebrou:
"Ponto 1.30. Adicionalmente, o Governo alargará o uso da condição de recursos
nos apoios sociais e direccionará melhor o esforço de apoio social, no sentido
de obter uma redução nas despesas sociais de, pelo menos, 350 milhões de
euros.
Ponto 1.31. Aprofundamento adicional das medidas introduzidas na Lei do OE para 2012, alcançando receitas adicionais nas seguintes áreas: (...) iii. englobamento de rendimentos, incluindo prestações sociais para efeitos de tributação em sede de IRS e convergência de deduções em sede de IRS no que se refere a pensões e rendimentos de trabalho dependente: 150 milhões de euros."
Ponto 1.31. Aprofundamento adicional das medidas introduzidas na Lei do OE para 2012, alcançando receitas adicionais nas seguintes áreas: (...) iii. englobamento de rendimentos, incluindo prestações sociais para efeitos de tributação em sede de IRS e convergência de deduções em sede de IRS no que se refere a pensões e rendimentos de trabalho dependente: 150 milhões de euros."
Ou seja, o país comprometeu-se a poupar com esta
parte do Estado Social o equivalente a 500 milhões de euros.
É por essa razão que temos de repudiar que venham
agora altos dirigentes do PS Açores reclamar e acusar os outros de estarem a
cumprir com o que eles próprios se comprometeram, sacudindo a água do capote
como se fossem inocentes numa triste história de um país à beira da falência
pela desgovernação que eles mesmo apoiaram!
Não podemos, por isso, deixar apagar da memória
aquilo que nos levou a esta situação, e muito menos podemos deixar de lembrar a
razão pela qual andam agora num alvoroço a criticar as medidas mais duras que
resultam do Acordo que assinaram.
Essa razão tem um nome, e esse nome é Berta
Cabral. Por sua causa todas as semanas os mesmos de sempre andam, nas rádios, na
televisão ou nos jornais a dizer tudo e mais alguma coisa contra o PSD por ela
liderado, esquecendo-se que foram eles mesmos que levaram a que estas duras
medidas tenham de ser tomadas para restaurar a credibilidade de Portugal.