O Diretor
Regional da Agricultura assegurou a qualidade das carcaças de bovinos abatidos
nos matadouros dos Açores, adiantando que 95,71% das 44 mil cabeças de gado
analisadas em 2016 apresentaram PH inferior a 6 e apenas cinco animais tiveram
um PH superior a 6,8.
“Não faz,
assim, qualquer sentido a suspeição lançada pelo CDS/PP sobre a qualidade da
carne abatida nos matadouros dos Açores”, frisou José Élio Ventura.
Os abates de
bovinos cresceram 6,7% de 2014 para 2015 e 21,1% de 2015 para 2016, tendo este
aumento sido praticamente todo destinado à exportação.
José Élio
Ventura salientou que “esta evolução não acontece por acaso”, acrescentando que
se deve a "uma estratégia para o setor assente em investimentos nos
matadouros da Região já realizados ou em curso, no valor de mais de 15 milhões
de euros, na Graciosa, Faial, Terceira e São Miguel, para além de um trabalho
contínuo junto dos produtores e dos mercados para a obtenção e promoção de
produtos de qualidade”.
Graciosa com
quebra de 4,5% nas dormidas em Novembro de 2016
Em termos de variações homólogas acumuladas, de janeiro a
novembro, as ilhas que apresentaram variações homólogas positivas foram as da
Terceira, do Corvo, da Graciosa, de São Miguel, do Pico, do Faial, de Santa
Maria e das Flores, respetivamente com, 66,4%, 39,3%, 26,9%, 16,3%, 15,4%,
15,1%, 14,0% e 11,5% A ilha de São Jorge apresentou uma variação homóloga
acumulada negativa de 0,7%.
Apesar de na Graciosa ter havido um aumento de 26,9% entre
Janeiro e Novembro, no mês de Novembro registou-se uma redução de 4,5% nas
dormidas que passaram das 638 daquele mês em 2015, para as 609 de Novembro
último.
Os dados do Serviço Regional de Estatística revelam ainda
que a taxa de ocupação desceu 0,2% para os 11,6% e a estada média foi de 2,3
noites.
Entre Janeiro e Novembro de 2016, as dormidas registadas na
Graciosa renderam 553.056 euros de proveitos totais e 446.128 euros de
proveitos por aposento.
Governo e
parceiros do setor de acordo sobre novas medidas de gestão da quota do goraz
O Secretário Regional do Mar, Ciência e Tecnologia anunciou
na Horta, que a quota de goraz na Região vai passar a ter um “modelo de gestão
trimestral”, salientando que cada embarcação de pesca terá como limite de
captura 2% da quota global atribuída aos Açores para esta espécie, o que
corresponde a cerca de 10 toneladas.
O titular da pasta das Pescas salientou que neste encontro,
com as associações de pesca de todas as ilhas do arquipélago e com a Federação
das Pescas dos Açores, foram debatidos “três pontos cruciais”, que reuniram “o
acordo da maioria das associações do setor para a gestão da quota do goraz para
2017 e 2018”.
Relativamente à divisão da quota por trimestre, o Secretário
Regional esclareceu que “não havia uma razão biológica para o período de
defeso”, acrescentando que “o Governo dos Açores sempre assumiu que o período
de paragem era uma medida de gestão para não se capturar goraz numa altura em
que [esta espécie] vale menos” em lota.
Nesse sentido, o Secretário Regional propôs uma quota de
100 toneladas para o primeiro trimestre, de 125 para o segundo, de 140 para o
terceiro e de 142 toneladas para o quarto trimestre, perfazendo as 507
toneladas de quota da Região.
Gui Menezes afirmou que a gestão trimestral permitirá
“suspender o período de defeso”, apontando várias vantagens, nomeadamente o
fornecimento contínuo do mercado, o aumento global dos rendimentos dos
profissionais da pesca e um maior controle da quota.
No que se refere à imposição de um teto máximo de 2% de
quota global por embarcação, esta medida possibilitará redistribuir cerca de 29
toneladas por algumas ilhas onde algumas embarcações mais pequenas tinham uma
quota mais reduzida.
Volume de pesca descarregada baixou 40% em
2016
Os dados divulgados pelo Serviço Regional de
Estatística dos Açores revelam que no ano que terminou, entraram em lota
120.035 quilos de pescado, uma redução de 40%, em comparação às 168 toneladas
registadas em 2015.
Só no passado mês de Dezembro foram pescadas
pouco mais do que 5 toneladas de peixe, que renderam cerca de 99 mil euros.
Depois do mau ano de 2010, o setor recuperou
nos anos seguintes, mas voltou a descer nos valores da pesca em 2016, tendo o
valor do pescado rendido 1.117.882 euros, menos 24% do que o valor total da
pesca em 2015.
A espécie mais capturada continua a ser o
goraz, apesar de ter havido uma redução de 28,1% nos últimos 12 meses. Outras
espécies tiveram um aumento das capturas bastante elevados, como foi o caso do
Peixe-Porco, Besugo, Raia e Veja.
Primeiro projeto de aquacultura nos Açores
está em fase de instalação na Graciosa
O Diretor Regional das Pescas revelou que o
primeiro projeto de aquacultura regional está a ser implementado na ilha
Graciosa, adiantando que se trata de uma unidade de produção de spirulina, uma
microalga utilizada na indústria alimentar.
Luís Rodrigues salientou ainda que estão em
fase de avaliação três projetos de aquacultura para as ilhas Terceira, Faial e
São Miguel, acrescentando que existem oito projetos candidatos ao Regime de
Apoio à Inovação em Aquicultura, cofinanciado pelo Fundo Europeu dos Assuntos
Marítimos e das Pescas (FEAMP).
João Costa pede que problemas da saúde na
Graciosa sejam resolvidos
No segundo dia de plenário da Assembleia
Legislativa Regional dos Açores, onde decorria um debate urgente sobre a saúde,
a pedido do CDS-PP, o deputado graciosense João Bruto da Costa, do Grupo
Parlamentar do PSD, falou da questão dos médicos na Graciosa.
O fato da ilha ter estado só com uma médica
ao serviço e de serem celebrados contratos por apenas 3 meses, não é para o
deputado social-democrata a situação ideal para os graciosenses.
Doentes que vão à Terceira e regressam à
Graciosa serem a realização das consultas e exemplo de uma menor de 17 anos a
quem foi negado um acompanhante, foram ainda denunciados pelo deputado social
democrata, na sua intervenção de bancada.
José Ávila assegura empenho constante em
melhorar a saúde na Graciosa
O deputado José Ávila afirmou, durante o
debate sobre a saúde, que os graciosenses podem contar com os parlamentares
eleitos pelo Partido Socialista para trabalharem sempre no sentido de melhorar
os cuidados de saúde que são prestados naquela ilha.
“Os Graciosenses podem contar com o
empenhamento constante para melhorar o sistema, nomeadamente para estabilizar o
quadro médico e para criar mais consultas de especialidade”, disse o deputado graciosense,
que reconheceu que na área da saúde nem tudo está bem, referindo mesmo
“fragilidades que devem ser corrigidas”, e afirma que é nestes problemas que os
parlamentares irão focar a sua atenção.
Ricardo Ramalho
considera que estudo sobre a problemática da toxicodependência poderá ser “uma
mais-valia” para aperfeiçoar as “políticas existentes”
O Grupo Parlamentar do Partido
Socialista Açores considerou, pela voz do deputado Ricardo Ramalho, que a
realização de um “estudo sobre a problemática da toxicodependência nos Açores”
poderá ser “uma mais-valia” que permitirá aperfeiçoar as “políticas existentes”
na Região.
No Plenário da Assembleia
Legislativa da Região Autónoma dos Açores, onde o projeto de resolução do Bloco
de Esquerda Açores foi aprovado por unanimidade, o deputado socialista
sublinhou que “o atual Programa do Governo prevê, em conjugação com os vários
parceiros da sociedade civil, a prevenção e o combate ao consumo, bem como a
diminuição das dependências, através da implementação do programas e medidas de
prevenção, assegurando ganhos em saúde e potenciando a adesão ao tratamento e à
reinserção”.
A proposta, da iniciativa do
Bloco de Esquerda, foi aprovada por unanimidade e terá como objetivo, não só a
caracterização da situação atual, mas também a elaboração de propostas de
intervenção adequadas aos resultados do diagnóstico que vier a ser realizado.
José Ávila diz
que objetivo é valorizar pescado e aumentar rendimento dos pescadores
O Grupo Parlamentar do Partido
Socialista reafirmou, pela voz do deputado graciosense José Ávila, na
Assembleia Legislativa da Região Autónoma dos Açores, o seu objetivo de
continuar a defender a valorização do pescado açoriano, assegurando ao mesmo
tempo um aumento de rendimentos de todos os profissionais do setor.
O deputado que falava no debate
sobre as pescas. quinta-feira, na cidade da Horta, recordou a importância das
épocas de defeso, afirmando que “tiveram sempre o intuito de valorizar o
pescado e criar mais rendimento para os pescadores”, afirmou o parlamentar,
acrescentando que no futuro o trabalho tem de ser feito no sentido de “ganhar
mais, pescando, pelo menos, o mesmo”.
José Ávila entende que “o
problema da escassez de pescado não se resolve apenas com compensações
financeiras, mas antes com políticas de valorização do produto, diversificação
de pescarias e criação de outro tipo de rendimento, através de mecanismos já
existentes. Acompanhado de medidas de redução de embarcações e,
consequentemente, de pescadores”.