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Rádio Graciosa


17 janeiro 2017

Governo e parceiros do setor de acordo sobre novas medidas de gestão da quota do goraz

O Secretário Regional do Mar, Ciência e Tecnologia anunciou na Horta, que a quota de goraz na Região vai passar a ter um “modelo de gestão trimestral”, salientando que cada embarcação de pesca terá como limite de captura 2% da quota global atribuída aos Açores para esta espécie, o que corresponde a cerca de 10 toneladas.
Gui Menezes falava à margem de uma reunião com as associações de pesca de todas as ilhas do arquipélago e com a Federação das Pescas dos Açores onde esteve em análise a gestão da quota do goraz para o próximo biénio.
O titular da pasta das Pescas salientou que neste encontro foram debatidos “três pontos cruciais”, que reuniram “o acordo da maioria das associações do setor para a gestão da quota do goraz para 2017 e 2018”.
Relativamente à divisão da quota por trimestre, o Secretário Regional esclareceu que “não havia uma razão biológica para o período de defeso”, acrescentando que “o Governo dos Açores sempre assumiu que o período de paragem era uma medida de gestão para não se capturar goraz numa altura em que [esta espécie] vale menos” em lota.
Nesse sentido, o Secretário Regional propôs uma quota de 100 toneladas para o primeiro trimestre, de 125 para o segundo, de 140 para o terceiro e de 142 toneladas para o quarto trimestre, perfazendo as 507 toneladas de quota da Região.
Gui Menezes afirmou que a gestão trimestral permitirá “suspender o período de defeso”, apontando várias vantagens, nomeadamente o fornecimento contínuo do mercado, o aumento global dos rendimentos dos profissionais da pesca e um maior controle da quota.
No que se refere à imposição de um teto máximo de 2% de quota global por embarcação, esta medida possibilitará redistribuir cerca de 29 toneladas por algumas ilhas onde algumas embarcações mais pequenas tinham uma quota mais reduzida.
O Secretário Regional do Mar referiu ainda que com estas medidas “será possível aumentar o rendimento económico da captura desta espécie” na Região, lembrando que em 2016 foram implementadas “medidas de gestão que resultaram no aumento real do rendimento dos pescadores”.


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