A
Assembleia Municipal de Santa Cruz da Graciosa reuniu na noite de Quarta-feira,
nos Paços de Concelho, com 6 pontos na ordem de trabalhos.
Os
deputados municipais foram chamados a discutir e votar o relatório de atividades
e situação financeira, em que os deputados municipais Paulo Cunha e João Teixeira
falaram sobre os arranjos que decorrem nos passeios, devendo-se ser alargados a
outras zonas da vila, mas com cuidado na escolha da pedra a utilizar, pois há
que ter em atenção que se trata de uma vila classificada. . Manuel
José Ramos falou da necessidade de continuar as obras de restauro na escola de
São Mateus, tendo recebido a garantia de que vão continuar em 2016 e Paulo
Cunha alertou para que as bolsas de estudo devem ter um regulamento que
complemente o das universidades e pôs em causa que haja cursos prioritários,
quando não há retorno. Angelina Bettencourt, do PSD, disse que se deve exigir
retorno, ainda para mais quando a ilha está a ficar muito envelhecida.
A
proposta do município de remuneração complementar aos trabalhadores da
administração pública, que abrange apenas 2 técnicas do município foi aprovada
por unanimidade.
Por
unanimidade foi também aprovada a derrama a cobrar em 2016, imposto que nunca
foi cobrado no nosso concelho, como forma de apoiar o comércio.
A
proposta de IMI familiar, que surgiu dos vereadores do PSD na reunião camarária,
também foi aprovada por unanimidade e assim as famílias graciosenses, com
crianças, vão pode usufruir de uma diminuição neste imposto.
A
participação variável do IRS, que se vai manter nos 5%, não gerou muito
consenso, sendo aprovada por maioria, com 6 votos contra do PSD e 11 votos a
favor do PS, com os socialistas a justificarem que, a verba a receber, poderá
ajudar a potenciar investimentos. Avelar Santos justificou que os 35 mil euros
a receber servirão para o FAM, fundo em que o município tem que participar
obrigatoriamente.
As grandes
opções do plano da autarquia para 2016, que rondam os 5 milhões de euros, também foram aprovadas por maioria, com
6 votos contra do PSD e 11 votos a favor do PS.
Avelar
Santos explicou que os grandes investimentos são na rede de águas-reservatório
Grotas, o Parque Empresarial, apoios às juntas e colectividades da ilha, acções
sociais de combate à pobreza de desemprego e recuperação de habitações sociais,
com a consciência de que não contempla tudo o que gostariam.
O
PSD apresentou uma declaração de voto, em que afirma que o voto contra
justifica-se por os investimentos, não serem suficientes e limitar-se a transitar
duas obras do plano anterior.
Entre
as opções não consideradas, o PSD destaca o aumento de verbas às juntas,
requalificação do centro de Santa Cruz, obras no Pavilhão Municipal, entre
outras que a autarquia não vai fazer, embora se verifique um aumento das
receitas correntes, tal como nos disse o vereador António Reis.
Da
bancada PS, a declaração de voto, justifica a aprovação por se verificar que a
autarquia está atenta às necessidades dos graciosenses, ao ter preocupações com
a área social.
Avelar
Santos, presidente da Câmara Municipal de Santa Cruz da Graciosa, disse ser o
plano possível, para continuar a apoiar tudo o que passa na ilha.
O
autarca explicou que é impossível ter, em simultâneo, mais do que 2 grandes
obras, porque depende de quando chegam os fundos comunitários. No entanto, o
autarca garante que logo que possível lançam concurso para projectos que estão
prontos.