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Rádio Graciosa


31 janeiro 2015

Academia repudia declarações de Avelino Meneses durante visita à Graciosa


A Academia Musical da Ilha Graciosa emitiu um comunicado explicando o processo que decorre para reabertura da escola de música e repudiando a atitude do Secretário Avelino Meneses, que não teve contacto com aquela instituição durante a visita que fez à Graciosa.


Diz o comunicado que o que “a Direção da Academia Musical da Ilha Graciosa estranha e repudia totalmente é a forma como esta instituição foi marginalizada na referida visita e mais, repudia as declarações proferidas publicamente pelo responsável da Educação no Açores, sem que a nossa instituição tenha sido tida, nem achada para o efeito.”
A Direcção da Academia refere ainda que repudia a marginalização nesta visita “por haver um processo de atribuição de Paralelismo Pedagógico, pedido pela AMIG, a decorrer há meses na SREC, do qual o Sr. Secretário tem pleno conhecimento, processo este que ainda não tem fim à vista por entraves vários impostos pela Secretaria Regional. Seria da mais elementar justiça um contato com a Academia, mais que não fosse para ser transmitida a posição do Senhor Secretário relativamente ao assunto e até inteirar-se de alguma situação sobre a qual não estivesse totalmente esclarecido para não cometer erros e transmitir inverdades à comunicação social como veio a acontecer. Esta postura do Senhor Secretário, a nosso ver, não é justa nem séria.”


A AMIG refere ainda sobre os requisitos não preenchidos pela Academia que estão na origem da não atribuição do Paralelismo Pedagógico à Escola de Música, sobre as instalações refere o comunicado que “ referidas instalações têm sofrido obras de beneficiação continuamente numa ação de melhoramento das infraestruturas escolares, levada a cabo pela Câmara Municipal do concelho.” As instalações “oferecem hoje melhores condições de funcionamento que no início da sua utilização pela nossa escola e que, pela sua dimensão, são as que melhor servem as necessidades logísticas da Academia, tanto no que toca a salas de aula, como a salas de apoio aos diversos serviços e também a arrumos…”.A Academia “foi obrigada a apresentar novas instalações e de preferência em Santa Cruz da Graciosa”, “estas instalações encontram-se já negociadas com a Santa Casa da Misericórdia de Santa Cruz da Graciosa (antigas instalações do Centro de Saúde de Santa Cruz da Graciosa) mas por não terem sido concebidas na sua origem para servirem de escola, o projeto de arquitetura tem estado a sofrer adaptações, que estão na origem do atraso verificado na entrega do mesmo à SREC.”


Sobre o corpo docente esclarece que “não é verdadeira a mensagem que saiu para a comunicação social, de que a Academia não apresentou na sua candidatura ao Paralelismo Pedagógico docentes com habilitação legal” foi apresentada “uma lista de professores acompanhada de documentos comprovativos das suas habilitações, onde se pode ler que todos estão habilitados com grau académico de licenciatura. Pelo menos três desses professores (sem habilitação segundo as declarações do Sr. Secretário) perante a demora de resposta/solução da Secretaria, estão a fazer parte do corpo docente da EBS da Graciosa neste ano lectivo.”


Sobre o projecto educativo “é um documento de orientação pedagógica importante e indispensável no funcionamento duma escola. No processo da Academia este documento já existe, necessitando apenas de ser actualizado e tanto quanto possível melhorado. O trabalho de atualização deste importante documento não é da competência da Direção. Será sim da competência da Diretora Pedagógica e professores.”


O SEGURO ESCOLAR “é um documento a obter quase imediatamente junto duma seguradora, mas só pode ser solicitado quando conhecida a lista definitiva de alunos. 


Tendo a população da Graciosa dúvidas quanto ao início do ensino da música na escola da Academia, é natural que a lista definitiva de alunos não exista ainda, e que só venha a existir, quando houver sinais positivos e públicos de que o atual processo de paralelismo foi autorizado a favor da AMIG.”


A direcção da Academia termina dizendo que “ficam assim explicadas as razões da não atribuição do paralelismo pedagógico à Escola de Música da Academia Musical da Ilha Graciosa, que em suma, e para todos que perceberam as explicações dadas, simplesmente não existem essas razões, e não existem porque, contrariamente ao que querem fazer crer, a Academia apresentou o necessário e indispensável à aprovação, em devido tempo do processo em apreço.”


Por último refere o comunicado que “para que se perceba publicamente a maior importância do ensino da música numa escola como o da Academia é que esta, para além de melhor equipada, (conta com vários pianos acústicos, violinos, violas, violoncelos, flautas, clarinetes, trompas, trompetes, trombones, tímpanos, caixas de rufo, bombos instrumentos Orff, flautas de bisel alemãs e barrocas, e uma belíssima biblioteca, que pode emprestar aos alunos para estudo), tem também melhores instalações, um circuito de transporte de e para a escola e pode receber todos os alunos desde os quatro anos de idade independentemente do grau académico que frequentem no ensino regular público. O mesmo não acontece na escola pública porque essa apenas oferece ensino artístico aos alunos do 2º ciclo e em idade escolar.”


A Academia Musical da Ilha Graciosa continua a aguardar e como sempre disposta a colaborar “para que o Senhor Secretário encontre a melhor solução para satisfação da população graciosense”.





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