O Secretário Regional da Educação e
Cultura afirmou, em Santa Cruz da Graciosa, que a Academia Musical da Ilha
Graciosa continua sem conseguir dar resposta a dois requisitos exigidos por lei,
para a concessão da autorização de funcionamento em paralelismo pedagógico.
Avelino Meneses, questionado pelos
jornalistas sobre o não funcionamento da Academia Musical no ano letivo em
curso, salientou que esta academia “não responde a duas questões
fulcrais", nomeadamente "possuir um corpo docente qualificado e
instalações certificadas”.
“Esta questão da Academia Musical
da Ilha Graciosa não se pode eternizar, até porque à medida que o tempo vai
passando, que os processos se vão repetindo, vamos ficando cada vez mais
convencidos, tendo em consideração as exigências legais, que a Academia
eventualmente poderá não cumprir”, frisou.
Avelino Meneses, que visitou
sexta-feira a Escola Básica e Secundária e os serviços dependentes da
Secretaria Regional da Educação e Cultura na ilha Graciosa, afirmou que a
escola pública, que já faz ensino artístico, deve “neste capítulo, alargar
significativamente” a sua ação, porque “tem mais capacidade de fixar quadros
qualificados”.
O Secretário Regional da Educação e
Cultura, que reconheceu “o papel meritório que a Academia Musical da Ilha
Graciosa desempenhou no passado”, disse “vislumbrar” para esta academia “um
futuro que pode ser promissor, se ela souber multiplicar diálogos”,
nomeadamente com as coletividades musicais locais.
O governante considerou que a
Academia Musical da Ilha Graciosa, para exercer uma atividade relevante,
"não tem obrigatoriamente de ser, em termos oficiais, uma escola de
música”, acrescentando que, através de atividades de extensão cultural que
venha a promover, poderá candidatar-se aos fundos disponibilizados anualmente
pelo Governo dos Açores.