"Vamos
formalizar uma queixa-crime ao Ministério Público e obrigar o Governo Regional
a tomar medidas de prevenção para que aquilo não se alastre para outras ilhas,
que será muito difícil", disse à Lusa o presidente do Clube de Caçadores
de Vila Franca do Campo, na ilha de S. Miguel, José Maria Arruda.
A 11
de Dezembro, o Governo dos Açores proibiu a caça na Graciosa face ao
"surgimento de um grande número de coelhos-bravos mortos" naquela
ilha "indiciando a ocorrência da Doença Hemorrágica Viral (DHV)".
Refere
ainda a noticia difundida pela Lusa que "há fortes suspeitas de que foi
mão criminosa, que o vírus foi introduzido", referiu o presidente do Clube
de Caçadores de Vila Franca do Campo.
Embora
alegando não haver provas de nada, José Maria Arruda afirmou que este "é o
pior vírus que chegou à região", sendo que "este não é só um problema
dos caçadores, mas também de saúde pública".
A portaria publicada em Jornal
Oficial a 11 de Dezembro refere que a confirmação desta doença nos coelhos
bravos "está dependente dos resultados laboratoriais dos exames aos
animais recolhidos", mas frisa que "se torna necessário impedir a
disseminação da doença, através do exercício da caça, até que a mesma seja
considerada extinta e que os seus efeitos, na população de coelho-bravo local,
sejam devidamente avaliados", sendo também necessário "acautelar
eventuais repercussões da doença, ao nível da saúde pública".
Para José Maria Arruda, são
sobretudo os lavradores que mais prejudicados se sentem por causa dos coelhos.
Nos Açores, existem no total
mais de 3.000 caçadores.