As centrais sindicais UGT e CGTP-IN defenderam
a criação de emprego nos Açores "com direitos e estabilidade", assim
como o aumento do complemento dado ao salário mínimo como uma das prioridades
para o orçamento regional de 2015.
“É preciso criar emprego, mas é preciso que
este emprego se prolongue no tempo e isto é fundamental sobretudo nas ilhas
mais pequenas”, disse Vítor Silva, dirigente da CGTP-IN, após uma audiência com
o presidente do Governo dos Açores, Vasco Cordeiro.
O presidente do Governo Regional iniciou hoje
uma ronda de contactos com parceiros sociais e partidos políticos no âmbito da
auscultação sobre as antepropostas de Orçamento Regional e de Plano Anual para
2015.
Além da questão do desemprego na região, Vítor
Silva alertou também o Governo açoriano para a necessidade de criar emprego com
“direitos e estabilidade”, defendendo o aumento "do acréscimo regional ao
salário mínimo nacional" dos atuais 5% para 7,5%.
A questão de "políticas de crescimento
económico, investimento reprodutivo e emprego" foram as principais
preocupações transmitidas pela UGT ao presidente do Governo açoriano.
Já o presidente da Federação Agrícola dos
Açores, Jorge Rita, disse que as preocupações deste setor têm a ver com
"investimentos que ainda são necessários fazer", nomeadamente "a
nível de caminhos, abastecimento de água, luz às explorações e sistemas de
incentivos à compra de terrenos", além de melhores transportes.
O presidente
da Federação das Pescas dos Açores, José António Fernandes, apontou a
necessidade de um reforço das verbas para apoio social a pescadores e
armadores, já que alguns profissionais da pesca "foram muito
penalizados" nos últimos meses.
Por sua vez, o presidente da Câmara do Comércio
e Indústria dos Açores, Humberto Goulart, preconizou a necessidade de privilegiar
e "reforçar os apoios às atividades ligadas à produção, bens e serviços,
salvaguardar no seu essencial a base empresarial e desenvolver uma estratégia
regional baseada em estratégias de ilha".